domingo, 22 de abril de 2012

Mais uma carta de amor

E é nas noites frias de inverno que eu mais sinto tua falta.
Quantas vezes bastou apenas um olhar teu pra que eu me sentisse aquecida por dentro?
Quantas vezes eu corri ao seu encontro embaixo da chuva gelada, pra então tu me dar um abraço caloroso?
Quantas vezes nos beijamos em público sem medo da reação dessa sociedade hipócrita?
Quanta coisa nós duas passamos juntas.
Talvez a história tivesse tomado um rumo diferente se tu não fosse tão teimosa.
Te pedi várias vezes que não saísse de casa naquela noite, pedi que tu deixasse pra sair na manhã seguinte. Mas tu não quis me ouvir.
Pegou a chave da moto e o capacete e veio até o sofá em que eu estava. Me deu um beijo na testa e disse pra mim não esquecer o quanto tu me amava.
Antes que tu pudesse alcançar a porta, corri e te abracei bem forte. Tu simplesmente riu e pediu que eu te soltasse pois precisava ir.
Soltei e fiquei ali, só observando tu te afastar lentamente com a moto.
Me sentei no sofá e adormeci. Acordei algumas horas depois com os vizinhos me chamando. Abri a porta e um policial pediu que eu o acompanhasse até o IML.
Sem entender e sem querer acreditar, comecei a chorar desesperadamente.
Não consigo lembrar de muita coisa depois disso. Talvez eu tenha desmaiado, talvez eu simplesmente não queira lembrar, mas isso já não importa mais.
Já faz alguns meses que tu partiu e me deixou sozinha nesse mundo cruel. Agora, tudo o que me resta são as lembranças e as boas recordações. Foram tantos os momentos de alegria ao teu lado e isso é o que tem me dado forças pra continuar vivendo.
Eu queria poder te dizer o quanto ainda te amo, o quanto tu ainda é muito presente em minha vida, mas não sei como fazer. E foi através dessa carta que encontrei uma maneira de desabafar.
Carta essa que guardarei junto com tuas coisas, com as cartas que trocamos quando nos conhecemos, com os bilhetes apaixonados durante nosso namoro e com as declarações de amor feitas em guardanapos de restaurantes.
Mas o mais importante eu guardo dentro do meu peito, no meu coração, o seu amor.

Com amor, sua sempre amada, Teena Bent

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Poderia ter feito algo mais?!

Hoje me senti completamente impotente!
Eu sabia o por quê eu estava ali com você. Eu sabia que você precisaria da minha ajuda. Eu só não sabia que eu não iria conseguir te ajudar.
Quando a "bomba" explodiu em suas mãos, parecia que era eu quem estava segurando ela.
Foi horrível. Vi você desabando em choro e fiquei completamente imóvel, sem reação, prestes a chorar também.
Desculpa, mas eu também não sabia o que fazer. Foi difícil pra você e foi difícil pra mim também.
Não consigo acreditar que falhei. Na verdade não sei se falhei. Mas sinto que poderia ter feito algo mais.
Apesar de tudo, eu estava ali o tempo todo. Te alcancei papel pra que você secasse suas lágrimas, segurei sua mão, te dei água pra que ficasse calma, conversei contigo, te dei meu ombro pra você chorar.
Será que eu deveria ter feito mais algo mais?
Infelizmente não sei. Sei que tudo o que estava ao meu alcance naquele momento eu fiz.
Fiz por você o que provavelmente você nunca fará por mim. Mas isso não importa. Fiz por que você é minha amiga. E como você está cansada de saber, eu amo meus amigos. Eu amo você!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Apenas um sonho!

Essa noite eu tive um sonho diferente.
Sonhei que vivia em um mundo estranho, onde as pessoas eram felizes, não havia tristeza entre elas. Todos riam alegremente e eram amigos.
Não havia pobreza nem tão pouco miséria. As pessoas podiam sonhar e realizar seus sonhos. E olha que tinha cada sonho quase impossível de se acreditar.
Elas iam e vinham, quando e onde quisessem, com quem quisessem. Podia ser quem bem entendessem, fosse Maria ou Antônia, João ou André. Eram todos livres.
Livres para sonhar, livres para amar quem o coração escolhesse. Livres para expressar seus sentimentos, seus pensamentos, suas ideias, suas vontades e seus desejos sem medo de serem julgados por um e outro.
Não existia preconceito racial, social, sexual e muito menos religioso. Não importava se fosse preto ou branco, pobre ou rico, hetero ou homossexual, todos adoravam o mesmo deus, cada um à sua maneira. 
Mas nem tudo era diferente do mundo real. Havia a dor. A dor de perder alguém próximo. A dor de quem ama mas não é amado. A dor de não conseguir sonhar. A dor do parto. A dor de ver alguém que nós amamos partir em busca da realização, seja ela pessoal ou profissional.
Apesar de todas as coisas, umas boas e outras nem tanto, a vida era tranquila nesse mundo.
Em um fim de tarde as crianças brincavam, corriam e se divertiam em baixo da chuva que caia mansamente. Algumas subiam em árvores, outras pulavam corda, brincavam de pega-pega, pique-esconde, andavam de bicicleta, jogavam bola...
Havia também as que simplesmente gostavam de admirar os gatos, os cachorros, os pássaros fazendo ninho e voando aos bandos; as longas filas de formiguinhas que trabalhavam arduamente no verão.
Mas o que mais me chamou atenção nesse sonho, foi a conversa que tive com uma criança de aproximadamente 8 anos.
Perguntei à ela qual seu maior desejo, e acredite, tamanho foi a minha surpresa ao ouvir sua resposta. Ela me respondeu com o sorriso mais puro que já vi, que seu maior desejo era nunca ter que acordar desse sonho.
Agora, depois de muito refletir sobre o sonho, chego a conclusão de que esse não é apenas um sonho só meu. Viver em um mundo melhor é o sonho de muitas pessoas, seja crianças, adolescentes ou um adulto. Viver em um mundo melhor é possível. 
Basta acreditar que somos capazes de mudar um pouco e fazer nossa própria parte.
Basta só querer e acreditar.